O Projeto
SOBRE O PROJETO
Um objetivo principal nos move: diminuir as desigualdades na periferia da cidade de Maceió (AL) e melhorar a qualidade de vida da população que vive de uma das cadeias mais tradicionais da economia local (mariscos e pescados). Para isso, vimos que a socioeconomia circular é uma ferramenta para fomentar novos modelos inclusivos e gerar outras alternativas de renda, criando em conjunto com a comunidade.
Atuante desde 2017, nosso caminho tem sido diverso e algumas rotas são:
- pesquisa e inovação para o desenvolvimento de novos usos e destinação dos resíduos da cadeia produtiva do sururu;
- a melhoria das condições de trabalho por meio da capacitação e implementação de metodologias de cultivo do sururu;
- o desenvolvimento de produtos utilizando as conchas descartadas dos moluscos como matéria-prima;
- o fomento da economia local por meio da criação colaborativa de moeda social e banco comunitário
Seguimos nesse caminho, criando um legado para além do Projeto!
O Maceió Inclusiva Através de Economia Circular é uma iniciativa conjunta realizada pelo BIDLab e pela Prefeitura De Maceió, em parceria com a Braskem, Sebrae Alagoas, Desenvolve – Agência de Fomento de Alagoas e a Universidad Politécnica de Madrid, implementado pelo IABS – Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade.
A COMUNIDADELocalizada ao longo da orla da Lagoa de Mundaú, em Maceió (AL), a comunidade do Vergel encontra na extração do sururu uma das principais fontes de renda e sobrevivência, com uma atividade tão tradicional na região. O trabalho árduo necessário para ganhar a vida pela venda da carne do molusco envolve famílias inteiras e é passado de geração em geração.
Os homens geralmente são responsáveis por recolher o sururu no fundo da lagoa; já as mulheres ficam às margens recebendo os moluscos para a “despinicagem”, uma espécie de separação do sururu do cordão que os liga. Logo após, são cozidos e peneirados até que a carne seja separada de suas conchas, que são prontamente descartadas de forma irregular.
Apesar do dia a dia de trabalho duro, o produto final dessa cadeia produtiva é vendido a preços muito baixos, levando a população a condições injustas de moradia, escolaridade e oportunidades. Além disso, os resíduos de conchas de sururu resultam no acúmulo de X toneladas por semana, prejudicando a saúde pública da comunidade e o meio ambiente local.
Para contribuir com a mudança desse panorama, o Projeto Maceió Mais Inclusiva busca soluções viáveis para ressignificar os resíduos sólidos do sururu e valorizar o trabalho tradicional dos pescadores e marisqueiras do Vergel, sempre incluindo-os nos processos colaborativos e tomadas de decisão e colocando o retorno de benefícios coletivos para a melhoria de sua qualidade de vida como prioridade.
SOCIOECONOMIA CIRCULAR
Diminuir as desigualdades e transformar o dia a dia da comunidade: esse é o foco principal da dinâmica da socioeconomia circular, em que os modelos circulares são uma forma de criar esse impacto positivo e, ainda, ter uma atuação ambientalmente responsável.
Para transformar uma economia tradicional baseada em cadeias lineares em uma economia moderna com cadeias circulares de valor, a dinâmica principal também muda: o resíduo de uma atividade se converte em matéria prima de outra, capaz de gerar mais renda para a comunidade.